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15.12.15

# [Murakami é música]



O melhor de ter voltado a Murakami foi mesmo ter-me inteirado da grandeza de Curtis Fuller e dos seus 'Five Spot After Dark', tema que inspira os Passageiros da Noite.

18.11.15

#2 [História que se contam]

Ulisses, existiu? e Homero, existiu? e o Sol, existe? E a lua, existe? E o mar, existe?

in Ulisses, Maria Alberta Menéres

# [A ignorância do sangue]


Ao quarto tomo, Robert Wilson emenda a mão no que respeita a algumas ideias feitas, ata pontas que deixara soltas e fecha as aventuras de Javier Falcon com chave de ouro.

13.11.15

#1 [fazer render o peixe]

Resultado de imagem para millennium 4 a rapariga apanhada


Independentemente de algumas qualidades e defeitos (muitos) que o livro de Lagercrantz possa ter, Stieg Larsson não merecia ter sido transformado numa marca sem alma.

12.11.15

#1 [...]



 O segundo romance de Alice Brito, “O Dia em que Estaline encontrou Picasso na Biblioteca”, mantém o essencial do primeiro livro da autora: um estilo próprio (e vernacular), várias histórias bem contadas e a mesma personagem principal, Setúbal.
Mas não se trata de mais do mesmo. Há aqui uma reflexão sobre a condição humana e a precariedade, sobre o tempo da híper-comunicação e o isolamento paradoxal a que a informática por vezes nos remete, sobre as lutas operárias e sobre algumas das utopias e dos horrores que marcaram o século XX.
Há também uma incursão às dificuldades de afirmação, neste início do século XXI, de alternativas ao famoso princípio TINA, num percurso que remete o leitor para o PREC e para traumas que, mal ou bem, balizam os caminhos que parecem estar a abrir-se nos dias que correm.

4.11.15

#2 [ Assassinos escondidos e algumas ideias feitas ]

Ao terceiro tomo da sua “tetralogia Falconiana”, Robert Wilson desviou a rota. Ou então torna um pouco mais clara a sua opinião sobre alguns temas...
O detective é o mesmo: astuto, capaz, intuitivo e romântico. Sevilha continua a revelar-se encantadora, a pedir uma visita ou um regresso. A história está bem montada e, ao lado do enredo principal, vão surgindo alguns traços de actualidade, como a violência de género ou mobilidade que os franquistas reciclados ainda têm na sociedade espanhola, o que torna o livro mais apelativo.
A tal mudança de rota de que falo está na trama principal. A história investigada por Falcon está montada em cima dos acontecimentos de 11 de Março em Madrid e da suposta ameaça de islamização da europa. Consciente ou inconscientemente, Wilson repete lugares comuns e preconceitos sobre o islão e sobre o terrorismo.
Além destas ideias feitas, o autor retoma, de forma sub-reptícia, a ligação da ETA aos atentados de Atocha, teoria que alguma direita mais radical continua a alimentar em nome dos seus interesses…

#1 [As mãos desaparecidas ]



Robert Wilson volta a Sevilha e à personagem de Javier Falcon, que, sob o calor brutal do Verão, inicia uma investigação que nos leva dos meandros da máfia russa à paranóia securitária que o 11 de Setembro desencadeou, aproximando-se também a alguns becos sem saída e buracos demasiado fundos e escuros da condição humana.

29.10.15

#1 [um rasto de alfazema]

Um Rasto de Alfazema

Alguns meses depois do test drive, aqui fica a imagem do protótipo de então...

28.10.15

#4 [histórias entre linhas]

«O Tempo entre Costuras» é a história de Sira Quiroga, uma jovem modista empurrada pelo destino para um arriscado compromisso; sem aviso, os pespontos e alinhavos do seu ofício convertem-se na fachada para missões obscuras que a enleiam num mundo de glamour e paixões, riqueza e miséria mas também de vitórias e derrotas, de conspirações históricas e políticas, de espias.
Um romance de ritmo imparável, costurado de encontros e desencontros, que nos transporta, em descrições fiéis, pelos cenários de uma Madrid pró-Alemanha, dos enclaves de Tânger e Tetuán e de uma Lisboa cosmopolita repleta de oportunistas e refugiados sem rumo.

#3 [adolescentes a adolescer...]

Recentemente, numa outra rede social, deparei-me com um fenómeno que, pela observação, aprendi a reconhecer: os bookaholics.
É provável que o que aqui vou dizendo sobre livros seja suficiente para me tornar elegível em alguma das subcategorias desta espécie, mas não da dos book... que me chamaram a atenção: jovens adolescentes (muitos deles brasileiros/as, mas deve ser uma moda global) que se fazem fotografar entre dezenas de tomos de autores para mim desconhecidos e que, além da leitura e dos selfies literários, gostam de partilhar citações melosas como se fossem verdades universais. 
Apercebi-me que há, entre estes autores, um que é particularmente apreciado: John Green.
No verão tive oportunidade de folhear um dos seus livros: jovens de pensamentos desordenado e emoções à flor da pele, tudo expresso numa linguagem simples, rica em termos, interjeições - Tipo... okay?... adoro... -, rasgos de humor e non sense muito em voga entre adolescentes e jovens com que me vou cruzando. Lembro-me de comentar, com uma mãe meio abanada com a vertigem da sua adolescente a adolescer, que é o importante é que leiam, que lhe tomem o gosto...
Passados uns meses as minhas alunas falaram-me da obra de referência de Green: A culpa é das estrelas. Tinham visto em sala o filme homónimo, escolhido pela minha colega para abordar a temática da morte dos cuidados em fim de vida. Toda a gente gostou do filme e, para meu espanto, recomendaram-me que lesse o livro antes de ver o filme.
Assim foi, li o livro que uma delas me emprestou (ainda não me abeirei ao filme). Não sendo extraordinário, é uma história com mérito, que fala de temas duros com leveza e seriedade e que, cereja em cima do bolo, muito me ajudou a perceber estes bookaholics virtuais e, sobretudo, algumas pessoas de carne e osso.

#2 [aproximação a Bolaño]

Dizem que Os dissabores do verdadeiro polícia não é dos romances mais emblemáticos de Bolaño, pese a ter sido uma obra em inquietação que o acompanhou pela vida.
Para primeira abordagem, confesso a decepção. Reconheço a mestria da escrita, mas a forma não me convenceu.
Talvez me deixe convencer na próxima tentativa.

#1[anatomia dos mártires]

 

João Tordo aventurou-se a ficcionar sobre uma história que se tornou mito, arriscando-se, como a personagem do seu livro, a ser mal compreendido e ostracizado por quem se agarrou à memória de Catarina Eufémia como uma bandeira ou por aqueles que, 60 anos depois, ainda se dedicam a branquear a história do fascismo português e da repressão que os alentejanos e as alentejanas sofreram na pele. 
Pese a incerteza sobe a verdadeira história de Catarina - o episódio está pouco documentado, tendo sobrevivido graças à tradição oral, em versões que variam entre a heróica militante do PCP assassinada pela sua condição e a vítima de uma bala acidental - Tordo consegue traçar um bom retrato de alguém que, em busca de comida para os filhos, ousou levantar-se do chão. Ao mesmo tempo, tira a medida a outros e outras que, voluntária ou involuntariamente, alimentam e são mártires da crise que, nestes tempos canalhas, nos calhou. 

26.5.15

#1 [livro- musica-objecto-qualquer coisa]

And when I awoke, I was alone, this bird had flown
So I lit a fire, isn't it good, norwegian wood.

1.4.15

#1 [leituras de primavera]

Uma foto publicada por André Beja (@metrografista) a

23.3.15

#1 [um livro pálido]

17.1.15

2.1.15

#1 [103 livros...]

A avaliar pelos registos, em 4 anos li 103 livros.
Cerca de um livro a cada duas semanas. Alguns pela primeira vez, outros pelo prazer do reencontro.
Não sendo brilhante, é uma média interessante. E das estatísticas não fazem parte aqueles que nunca acabei ou o que li em contexto de trabalho....
A ver se chego aos 250 antes do fim da década.