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6.12.13

#1 [Obrigado Madiba]



11 de Fevereiro de 1990, o dia da Libertação

Obrigado Madiba


Nunca esquecerei o sol
dessa tarde de Fevereiro
em que caminhaste, Madiba,
pela longa a avenida
que te trouxe à liberdade.

No teu rosto aberto,
a elegância solidária.
No punho cerrado,
 a certeza da certeza  
que a prisão nunca vergou.

O povo do Soweto
celebrava o teu regresso
e no seu cantar havia a possibilidade
de tudo ser diferente.
E melhor.

Esta foi a mais bela
lição de esperança
que um miúdo de 13 anos
pôde ter.

5 de Dezembro de 2013

22.10.13

Outubro...


Outubro...
Originally uploaded by André Beja



Dióspiros em Outubro
Mergulhar os dedos na carne, 
fintar o acre  e saborear,
na seiva mais recôndita,
 o lento suspiro.
Dióspiros em Outubro 
repletos de memórias,
de promessas e desejo, 
de luxúria caqui.

Sintra, 22 de Outubro de 2013

19.4.13

#1 [Instante apenas]


Instante apenas
Dizem-nos ter sido lenta
(e silenciosa)
a evolução do tulipeiro.
Estaríamos, por ventura, convencidos
de que tamanha beleza
é coisa de um instante apenas?

Sintra, 19 de Abril de 2013

6.6.12

#1 [já que se fala do assunto...]

Intensos, desafiantes,
como quem anuncia,
desejo e ímpeto
tudo o que há a fazer.
Por vezes inesperados
desta vez tardios,
novamente de roxo
os jacarandás
em Lisboa

30 de Maio, 2012

29.7.11

#1
[Bir Sokak, mais uma vez...]

Exposição
Por não saber
contar
os ritmos
dessa tarde
Desenhei,
com luz,
a sua
amplitude

20 de Julho de 2011

16.7.11

#1

[...]

Quase experimental

Madrugadas tensas e

revoluções por fazer

Viagens com bilhetes

em aberto

Amores perdidos,

afogados, afogueados

Repetições, aliterações

metáforas duvidosas,

afirmações exaltadas

de uma coragem esquecida

O calor de um copo e a sede

nas margens da vida vivida

Os dedos que nunca tocam as

palavras sempre ausentes dos

dedos. Em silêncio.

Não sei que espécie

de conforto

(ou salvação)

procurar nos fundos

da poesia


16 de Julho de 2011

5.7.11

#1

[no miradouro mais bonito da cidade]

Sta Catarina, 3 da manhã

Falaste-me então da pororóca do Tejo

que, soube mais tarde,

também se chama macaréu.

E julguei antever, nos teus olhos,

a inquietação desse abraço

de águas aparentemente contrárias,

empurradas pelo improvável destino

de fertilizar terras secas.

Lá em baixo, acompanhando-nos,

uma estrada escura, silenciosa,

no seu curso para o mar.


4 de Julho de 2011

6.6.11

#3
[repescando]

A cada passo
inquietação

Da inquietação
a fuga

Na fuga
o silêncio

Em silêncio
a vontade do passo
da inquietação

Julho de 2006

12.4.11

#2
[Meio Século depois]

Vostok I
Camarada Gagarin,
Iuri Alekeievich,
meio século passado
da tua orbital caminhada,
olhando este arco
que descobriste azul,
saúdo
a coragem e a perícia
que nos deixou
mais perto das estrelas.

12 de Abril de 2011

22.5.10

#1 [...]

Magoito

Pela tarde sentado,

nesta primavera que

não sabe como começar,

sonho verão nos teus braços.


Perdido na orla,

fixo ondas, gaivotas,

a arriba em queda,

com ternura de te olhar.


Contradizendo os rochedos,

o mar encheu-te de areia

e promessas do beijo

que só as águas sabem.


No teu ventre, um rio

desafia o destino salgado:

Haverá tempo ainda

para nova ilusão?


Sintra, Maio de 2010

31.1.09

#1

[...]

Diário de reportagem

Com palavras precisas

(e fina ironia)

relatas o improvável

trajecto do projéctil,

as casas esventradas,

os milagres quotidianos,

a morte lenta e particular

de um povo inteiro.


Se a tensão adensa

e o grito já sufoca,

dizes-nos da dignidade,

oferecendo ao papel

pequenos morangos

cuja doçura, em Gaza,

é antagonista dessa miséria

nada humana.


Pergunto:

haverá suficiente lucidez,

ternura ou raiva,

para escrever tudo

o que os teus olhos

nos querem contar?


Sintra, 31 de Janeiro de 2009

À Alexandra Lucas Coelho, que está em Gaza

18.10.08

#1
[...]

Lição de Música

Na pauta
o trilho,
o compasso,
que embalam.

Os teus dedos
tocando a clave
e o sol, o ritmo
da exaltação.

18 Outubro 2008

10.7.08

#1
[gato no telhado]

Gato no telhado,
pêlo-sol,
lânguido no menear
da tarde.

Pergunto:
que fiz eu à voz
com que admirei
a tua liberdade?

Lx, 10 de Julho de 2008

7.4.08

#1
[impasse]

É longa e trabalhosa a procura das palavras. A música desconcertante. há chuva e o vento lá fora. Um gesto deixado a meio. O poema que arrebata. Uma dúvida que persegue. lágrimas artificiais. calor que sobe pelas mãos. A espera. o buraco na estrada. E depois nada.

27.3.08

#1
[quase Drummond]

Crédito Obras e Pequenas Reparações
Crédito Saúde e Beleza
Crédito Mobiliário e Decoração
Crédito Electrodomésticos
Crédito Informática e Multimédia
Crédito Férias
Crédito Formação
Crédito Festas e Eventos
Crédito Carta de Condução
Crédito Pessoal
Dinheiro Em Conta

Esta é a felicidade, com preço,
ao alcance da sua mão

1.3.08

#1
[turn off]

emergir desta
existência digital.
Encher o peito de ar
e respirar essa luz
que, vinda de fora,
recorda o mundo.


Março 2008

4.6.07

#1
[23h]

lá fora, os sinos tocam.
a noite estende-se no resto do silêncio.

31.3.06

#3
[noite]




Mastigar
(à distancia)
o sabor das
glicinias.

Na sintese,
o poema.

8.7.05

#1
[...]


tu e eu
no calor da tarde
(pele na pele)
a arder

Julho 2005

11.4.05

#1 [das flores]


Z
ma