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31.12.12

#1 [Well drew...]


Stephen Frears transformou a banda desenhada Tamara Drewe num filme ao seu estilo peculiar de contar histórias quase banais dos britânicos.
Desta vez a crónica de costumes desloca-se para uma aldeia no campo, cuja vida é abalada pelo regresso de Tamara. A jovem jornalista de sucesso, que em pequena era o patinho feio lá da terra, tem agora a pinta de uma mulher fatal (com uma pequena ajuda da cirurgia plástica).

15.12.12

#1 [Cinema e Direitos Humanos]

É um luxo ter cinema à porta de casa. Por aqui é raro, mas acontence.
E o luxo é maior ainda quando o que se apresenta em cartaz é organizado com um propósito estimulante e por gente que nos desperta afectos, como é o caso da Mostra de Documentário sobre Direitos Humanos do Grupo 19, colectivo de Sintra da Amnistina Internacional.
A XIª edição da Mostra está a acontecer este fim de semana e eu, que já fui apelidado de espectador habitual, acho que nível da programação está a melhorar à medida que a coisa envelhece.
Ontem, no arranque do certame, pude ver "Estou para Aqui Assim", uma curtíssima de Diogo Pessoa de Andrade sobre a exclusão social, e "Design atrás das grades", documentário de Margarida Leitão sobre uma oficina de costura na prisão de Tires.Uma noite carragada de simbolismos, que me deixou com vontade de mais.

10.12.12

#1 [asas]


Filme biográfico sobre Howard Hughes, o multi-milionário americano da indústria aeronáutica e do cinema, que teve uma vida que captou as atenções de todo o mundo, para o que muito contribuiram os seus relacionamentos com duas das maiores estrelas de Hollywood: Ava Gardner e Katherine Hepburn.

11.11.12

#1 [The visitor]

As estranhas voltas que o mundo dá, trocadas pelos acontecimentos do 11 de Setembro.
 
 

21.10.12

#1 [Marx, versão Cronenberg]

Cosmopolis de David Cronenberg
No seu Manifesto ao Partido Comunista, Marx e Engels assinalavam as contradições do capitalismo como motor do seu próprio crescimento e, paradoxalmente, como a razão de um futuro ocaso desse sistema devastador que se estava a instalar.

Diziam-nos os barbudos alemães que a forma encontrada pela burguesia para vencer as crises por ela geradas era através da “destruição violenta de grande quantidade de forças produtiva” e por outro lado ”pela conquista de novos mercados e pela exploração mais intensa dos antigos”. Rematavam dizendo que tal actuação nos levaria "a crises mais extensas e mais destruidoras e à diminuição dos meios de evitá-las”.

Esta abordagem com mais de 150 anos é coincidente com a ideia chave do filme Cosmopolis, de David Cronenberg, realizado a partir do romance homónimo de Don DeLillo, escrito em 2003 e absolutamente premonitório da crise que estalou em 2007 e ainda nos assola.
Não sei se de forma consciente, a história retoma esta apreciação marxista - a passagem do Manifesto que cito é–nos apresentado de forma quase textual pela boca de um visionário especulador de 28 anos -, explorando os aspectos da violência e da destruição a que o próprio sistema recorre, neste início de século XXI, para se regenerar e, ao mesmo tempo, acentuar o seu declínio.
Um filme a não perder.

4.7.12

#1 [absolut Roménia]

De cada vez que me sento para ver um filme romeno, preparo-me para tudo.
Não é que espere grandes surpresas, pois aprendi in loco que da Roménia é preciso esperar tudo. Mas confesso-me apaixonado pela mestria com que esta nova vaga de cineastas romenos retrata as idiossincrasias do país, não só durante o regime de Ceasescu como nos tempos que se lhe seguiram.
Em  Histórias da Idade de Ouro há mais um cheirinho desse paraíso burocrata que casava os rigores do leste com a descontracção latina, que se dizia comunista mas fazia silenciosos manguitos a Moscovo e ao Pacto de Varsóvia e recebia com pompa os líderes do ocidente. Que arrasava bairros inteiros para construir um dos maiores edifícios do mundo, para depois não saber bem o que fazer com ele. E sempre com um sentido de humor à prova de tudo. 
Mais um filme a não perder.

27.5.12

#1 [O Passado é um país distante...]


Gostei do filme, da história, da fotografia e da Ana Moreira...

2.5.12

#2 [um filme apetitoso]

Na vida há os que devoram e os que são devorados.
Raimundo Nonato, nosso protagonista, descobre um caminho à parte: ele cozinha. E é nas cozinhas de um boteco, de um restaurante italiano e de uma prisão - o que ele fez para acabar ali? - que Nonato vive sua intrigante história. E também aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte - e eles sabem, mais do que ninguém, qual é a parte melhor.

Estômago é uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária. Bem contado, muito bem filmado e com uma grande banda sonora.

#1 [absolout Audrey Tautou]

Un long dimanche de fiançailles, de Jean-Pierre Jeunet

Em 1919, Mathilde tinha apenas 19 anos. Dois anos antes, o seu noivo Manech partira para a frente de batalha na Somme. Como milhões de outros jovens antes dele, Manech foi "morto no campo de batalha". Ou pelo menos isso é o que diz o boletim oficial. Mas Mathilde recusa-se a acreditar. Se ele tivesse sido morto, ela saberia. Mathilde agarra-se à sua intuição e esperança com toda a paixão que a liga ao seu amor desaparecido, mesmo quando um sargento regressado da frente tenta em vão convencê-la que Manech morreu numa trincheira na terra-de-ninguém, na companhia de quatro outros soldados condenados à morte por ferimentos auto-infligidos. O seu percurso está repleto de obstáculos mas Mathilde não vacila - pois nada é impossível para uma mulher que está decidica a desafiar o próprio destino... 


19.2.12

#1 [A morte de Carlos Gardel]

Adaptado do romance homónimo de António Lobo Antunes, o filme tem banda sonora do referido morto e boa disposição qb.



4.2.12

#2 [saudades do futuro *]

Dora escreve cartas para analfabetos na Central do Brasil. Nos relatos que ela ouve e transcreve, surge um Brasil desconhecido e fascinante, um verdadeiro panorama da população migrante, que tenta manter os laços com os parentes e o passado.


* ou do Brasil que nunca conheci (mas gostava)

30.1.12

#1 [um filme de domingo]

Em Sangue do meu Sangue, de João Canijo, há histórias que se passam nas margens - da grande cidade, da dignidade ou da marginalidade, em lugare onde o amor incondicional é talvez a única coisa que resta.
O lado errado da noite, de Jorge Palma, não faz parte da sua banda sonora. Mas podia.

22.1.12

#1 [el concepto es el concepto]

Airbag, do basco Juanma Bajo Ulloa, é mais uma daquelas paragens cinematográficas a que mais vale chegar tarde do que nunca. Esta cena de bandidos diz (quase) tudo.

20.1.12

#2 [um filme desequilibrado]

Os Descendentes tem belas imagens do Havai, uma prestação cinco estrelas de Clooney e uma interessante reflexão sobre o perdão, a redenção e a morte. Mas tem também o cliché e o moralismo que estragam tudo...