Desta vez a crónica de costumes desloca-se para uma aldeia no campo, cuja vida é abalada pelo regresso de Tamara. A jovem jornalista de sucesso, que em pequena era o patinho feio lá da terra, tem agora a pinta de uma mulher fatal (com uma pequena ajuda da cirurgia plástica).
Mostrar mensagens com a etiqueta filmes 2012. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta filmes 2012. Mostrar todas as mensagens
31.12.12
#1 [Well drew...]
Desta vez a crónica de costumes desloca-se para uma aldeia no campo, cuja vida é abalada pelo regresso de Tamara. A jovem jornalista de sucesso, que em pequena era o patinho feio lá da terra, tem agora a pinta de uma mulher fatal (com uma pequena ajuda da cirurgia plástica).
15.12.12
#1 [Cinema e Direitos Humanos]
É um luxo ter cinema à porta de casa. Por aqui é raro, mas acontence.
E o luxo é maior ainda quando o que se apresenta em cartaz é organizado com um propósito estimulante e por gente que nos desperta afectos, como é o caso da Mostra de Documentário sobre Direitos Humanos do Grupo 19, colectivo de Sintra da Amnistina Internacional.
A XIª edição da Mostra está a acontecer este fim de semana e eu, que já fui apelidado de espectador habitual, acho que nível da programação está a melhorar à medida que a coisa envelhece.
Ontem, no arranque do certame, pude ver "Estou para Aqui Assim", uma curtíssima de Diogo Pessoa de Andrade sobre a exclusão social, e "Design atrás das grades", documentário de Margarida Leitão sobre uma oficina de costura na prisão de Tires.Uma noite carragada de simbolismos, que me deixou com vontade de mais.
E o luxo é maior ainda quando o que se apresenta em cartaz é organizado com um propósito estimulante e por gente que nos desperta afectos, como é o caso da Mostra de Documentário sobre Direitos Humanos do Grupo 19, colectivo de Sintra da Amnistina Internacional.
A XIª edição da Mostra está a acontecer este fim de semana e eu, que já fui apelidado de espectador habitual, acho que nível da programação está a melhorar à medida que a coisa envelhece.
Ontem, no arranque do certame, pude ver "Estou para Aqui Assim", uma curtíssima de Diogo Pessoa de Andrade sobre a exclusão social, e "Design atrás das grades", documentário de Margarida Leitão sobre uma oficina de costura na prisão de Tires.Uma noite carragada de simbolismos, que me deixou com vontade de mais.
10.12.12
11.11.12
21.10.12
#1 [Marx, versão Cronenberg]
![]() |
Cosmopolis de David Cronenberg |
Diziam-nos os barbudos alemães que a forma encontrada pela burguesia para vencer as crises por ela geradas era através da “destruição violenta de grande quantidade de forças produtiva” e por outro lado ”pela conquista de novos mercados e pela exploração mais intensa dos antigos”. Rematavam dizendo que tal actuação nos levaria "a crises mais extensas e mais destruidoras e à diminuição dos meios de evitá-las”.
Esta abordagem com mais de 150 anos é coincidente com a
ideia chave do filme Cosmopolis, de David Cronenberg, realizado a partir do
romance homónimo de Don DeLillo, escrito em 2003 e absolutamente premonitório
da crise que estalou em 2007 e ainda nos assola.
Não sei se de forma consciente, a história retoma esta apreciação
marxista - a passagem do Manifesto que cito é–nos apresentado de forma quase textual pela boca de um visionário
especulador de 28 anos -, explorando os aspectos da violência e da destruição a que
o próprio sistema recorre, neste início de século XXI, para se regenerar e, ao
mesmo tempo, acentuar o seu declínio.
Um filme a não perder.4.7.12
#1 [absolut Roménia]
De cada vez que me sento para ver um filme romeno, preparo-me para tudo.
Não é que espere grandes surpresas, pois aprendi in loco que da Roménia é preciso esperar tudo. Mas confesso-me apaixonado pela mestria com que esta nova vaga de cineastas romenos retrata as idiossincrasias do país, não só durante o regime de Ceasescu como nos tempos que se lhe seguiram.
Em Histórias da Idade de Ouro há mais um cheirinho desse paraíso burocrata que casava os rigores do leste com a descontracção latina, que se dizia comunista mas fazia silenciosos manguitos a Moscovo e ao Pacto de Varsóvia e recebia com pompa os líderes do ocidente. Que arrasava bairros inteiros para construir um dos maiores edifícios do mundo, para depois não saber bem o que fazer com ele. E sempre com um sentido de humor à prova de tudo.
Mais um filme a não perder.
Não é que espere grandes surpresas, pois aprendi in loco que da Roménia é preciso esperar tudo. Mas confesso-me apaixonado pela mestria com que esta nova vaga de cineastas romenos retrata as idiossincrasias do país, não só durante o regime de Ceasescu como nos tempos que se lhe seguiram.
Em Histórias da Idade de Ouro há mais um cheirinho desse paraíso burocrata que casava os rigores do leste com a descontracção latina, que se dizia comunista mas fazia silenciosos manguitos a Moscovo e ao Pacto de Varsóvia e recebia com pompa os líderes do ocidente. Que arrasava bairros inteiros para construir um dos maiores edifícios do mundo, para depois não saber bem o que fazer com ele. E sempre com um sentido de humor à prova de tudo.
Mais um filme a não perder.
2.5.12
#2 [um filme apetitoso]
Na vida há os que devoram e os que são devorados.
Raimundo Nonato, nosso protagonista, descobre um caminho à parte: ele cozinha. E é nas cozinhas de um boteco, de um restaurante italiano e de uma prisão - o que ele fez para acabar ali? - que Nonato vive sua intrigante história. E também aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte - e eles sabem, mais do que ninguém, qual é a parte melhor.
Estômago é uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária. Bem contado, muito bem filmado e com uma grande banda sonora.
Raimundo Nonato, nosso protagonista, descobre um caminho à parte: ele cozinha. E é nas cozinhas de um boteco, de um restaurante italiano e de uma prisão - o que ele fez para acabar ali? - que Nonato vive sua intrigante história. E também aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte - e eles sabem, mais do que ninguém, qual é a parte melhor.
Estômago é uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária. Bem contado, muito bem filmado e com uma grande banda sonora.
#1 [absolout Audrey Tautou]
Un long dimanche de fiançailles, de Jean-Pierre Jeunet
Em
1919, Mathilde tinha apenas 19 anos. Dois anos antes, o seu noivo
Manech partira para a frente de batalha na Somme. Como milhões de outros
jovens antes dele, Manech foi "morto no campo de batalha". Ou pelo
menos isso é o que diz o boletim oficial. Mas Mathilde recusa-se a
acreditar. Se ele tivesse sido morto, ela saberia. Mathilde agarra-se à
sua intuição e esperança com toda a paixão que a liga ao seu amor
desaparecido, mesmo quando um sargento regressado da frente tenta em vão
convencê-la que Manech morreu numa trincheira na terra-de-ninguém, na
companhia de quatro outros soldados condenados à morte por ferimentos
auto-infligidos. O seu percurso está repleto de obstáculos mas Mathilde
não vacila - pois nada é impossível para uma mulher que está decidica a
desafiar o próprio destino...
19.2.12
#1 [A morte de Carlos Gardel]
Adaptado do romance homónimo de António Lobo Antunes, o filme tem banda sonora do referido morto e boa disposição qb.
4.2.12
#2 [saudades do futuro *]
Dora escreve cartas para analfabetos
na Central do Brasil. Nos relatos que ela ouve e
transcreve, surge um Brasil desconhecido e
fascinante, um verdadeiro panorama da população
migrante, que tenta manter os laços com os parentes
e o passado.
* ou do Brasil que nunca conheci (mas gostava)
* ou do Brasil que nunca conheci (mas gostava)
30.1.12
#1 [um filme de domingo]
Em Sangue do meu Sangue, de João Canijo, há histórias que se passam nas margens - da grande cidade, da dignidade ou da marginalidade, em lugare onde o amor incondicional é talvez a única coisa que resta.
O lado errado da noite, de Jorge Palma, não faz parte da sua banda sonora. Mas podia.
O lado errado da noite, de Jorge Palma, não faz parte da sua banda sonora. Mas podia.
22.1.12
#1 [el concepto es el concepto]
Airbag, do basco Juanma Bajo Ulloa, é mais uma daquelas paragens cinematográficas a que mais vale chegar tarde do que nunca. Esta cena de bandidos diz (quase) tudo.
20.1.12
#2 [um filme desequilibrado]
Os Descendentes tem belas imagens do Havai, uma prestação cinco estrelas de Clooney e uma interessante reflexão sobre o perdão, a redenção e a morte. Mas tem também o cliché e o moralismo que estragam tudo...
Subscrever:
Mensagens (Atom)