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20.4.14

#1 [...]

"Quando regressa à sala, encontra Karina sorridente e vestida, com o saxofone no estojo, como uma mala pronta para uma viagem.
- Vou embora polícia - diz ela, e o Conde sente vontade de a amarrar. Vai-se embora, pensa, vai-se-me embora. Terei sempre de a procurar."

Leonardo Padura, in Ventos de Quaresma

22.11.13

#1 [Havana Blue]

Encontrei Mario Conde por mero acaso numa feira de livros baratos. Como já li (e gostei) de outros livros de Padura, aproveitei a vontade da Leya em acabar com os fundos de coleção para entrar no mundo deste polícia melancólico e descobri-lo muito o estilo de outros personagens que vou colecionando.
N'Um Passado Perfeito, o tenente Conde conduz uma investigação pelo fim de Outono/principio de Inverno de Havana, quando as folhas começam a cair e o frio a fazer-se sentir, e traça o destino de um anjo caído.
Um triller que, visto à distância e considerando que foi escrito no recta final de 1990, antevê as desilusões e dificuldades que Cuba atravessa desde o fim da União Soviética.

11.7.11

#1
[Apesar de mais lenta, a lista cresce]

Mistura em “O Romance da Minha Vida” realidade e ficção. Como consegue dosear estas duas vertentes?
Na parte em que se narra a vida de Heredia, está narrado na primeira pessoa. Hoje em dia, ao ler o romance, anos depois de o ter terminado, há momentos em que já não sei distinguir a ficção da realidade. Porque misturo tudo, é uma das vantagens do romancista que não tem o historiador. Este tem de trabalhar com dados, documentos e provar esses dados. O romancista pode ficcionar a partir de uma realidade. O que é certo é que todos os elementos que aparecem no romance ou aconteceram ou podem ter acontecido, conforme o provam as minhas investigações, que foram bastante profundas.

Leonardo Padura em entrevista

29.5.11

#1
[enquanto repousava...]

Como tantas outras vezes na sua vida, a política encarregou-se de o abalar e de lhe recordar que nem a possibilidade do mais breve repouso tinha sido concedida a Prometeu e aos que ousassem permanecer perto da sua rocha. Aquela era a sina que o perseguiria até ao último dia da sua vida.

Leonardo Padura in
O Homem Que Gostava de Cães