22.5.10

#1 [...]

Magoito

Pela tarde sentado,

nesta primavera que

não sabe como começar,

sonho verão nos teus braços.


Perdido na orla,

fixo ondas, gaivotas,

a arriba em queda,

com ternura de te olhar.


Contradizendo os rochedos,

o mar encheu-te de areia

e promessas do beijo

que só as águas sabem.


No teu ventre, um rio

desafia o destino salgado:

Haverá tempo ainda

para nova ilusão?


Sintra, Maio de 2010