#1 [...]
Magoito
nesta primavera que
não sabe como começar,
sonho verão nos teus braços.
Perdido na orla,
fixo ondas, gaivotas,
a arriba em queda,
com ternura de te olhar.
Contradizendo os rochedos,
o mar encheu-te de areia
e promessas do beijo
que só as águas sabem.
No teu ventre, um rio
desafia o destino salgado:
Haverá tempo ainda
para nova ilusão?
Sintra, Maio de 2010