30.3.12

#1 [arte de bem tratar quem muito nos amou...]

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No Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, estiveram os escritores Marcello Duarte Mathias, Nuno Júdice, Vasco Graça Moura, Antonio Sarabia, José Manuel Fajardo, Karla Suárez, Rui Ferreira e Sousa, Almeida Faria. E ainda o académico Arnaldo Saraiva, o tradutor Richard Zenith, a pintora Graça Morais, Maria João Seixas, Miguel Veiga, Teresa Patrício Gouveia, Maria Barroso, e um único político: Francisco Louçã.

Não se notou a presença da Presidência da República ou do Governo, nem da Câmara Municipal de Lisboa. Bem dizia o amigo de Tabucchi, o poeta Alexandre O’ Neill: "[Ó Portugal], meu remorso de todos nós...”

Os ausentes não puderam assim rir-se com a história que Bernard Comment lembrou retratando o humor particular do seu amigo italiano. Um dia, este tradutor da obra de Tabucchi para francês recebeu um telefonema do escritor. Pedia-lhe, a ele que vivia em Paris, o favor de telefonar para a recepção do hotel onde Tabucchi estava hospedado a pedir que lhe explicassem como é que podia ligar do quarto para a recepção.
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Isabel Coutinho, in Público, 29 de Março de 2012