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Todas as utopias começam com conversões. As pessoas despedem-se das suas antigas religiões, convicções e modos de vida e empenham-se num projecto utópico. Despedir-se e empenhar-se - é isso que uma conversão significa, e não um raio caindo do céu, ou um renascer, ou um êxtase ou qualquer coisa do género. Embora isso também possa acontecer. (...)
Bernhard Schlink, in O outro homem e outras histórias