30.6.04

#2
por causa da subida das temperaturas, o sistema de saúde entrou em alerta amarelo. quer isto dizer que @s velhinh@s estão a beber menos água do que aquela que seria necessária para colmatar as perdas...
tudo a beber, ÁGUA!

uma sugestão de Metro(Enfermeiro)Grafista
#1
com toda a turbolência que afecta o país, lembrei-me que é tempo de voltar a O Principe, de Nicolau Maquiavel.

29.6.04

#2
(quem é ela? quem é ela?)
#1

está confirmado: o cherne vai para mar alto.
é preciso sair à rua e protestar: ELEIÇÕES JÁ!!!

28.6.04

#2

face à trapaça política, precisamos de responder com firmeza: ELEIÇÕES JÁ!

convoca tod@s para novo protesto em Belem, terça feira, 19h


****


o nosso país aproxima-se da maior trapaça política, um verdadeiro atentado à democracia e à inteligência do povo português.
depos de criticar violentamente a "fuga" de Guterres, Barroso prepara-se para fazer o mesmo, deixando, em jeito de "sucessão dinástica" (palavras de António Capucho), santana Lopes como Primeiro Ministro.
Apesar de esta ser uma saida legal para a crise levantada pela saida de Durão, é absolutamente intolerável que o novo primeiro ministro seja escolhido nos gabinetes do PSD... Manuela Ferreira Leite já considerou este processo um verdadeiro golpe de estado dentro do seu partido
não podemos esquecer que esta coligação - que se prepara para apoiar um novo governo - não foi eleita, fez-se por conveniencia após as eleições de 2002. para lá disto, sofreu uma estrondosa derrota nas eleições europeis, sinal do descontentamento popular com o rumo político que segue.
é verdade que não se vota para eleger um primeiro ministro, mas também é verdade que o nº1 da lista de um partido é a figura que se perfila, junto do eleitorado como candidato a... o que só agrava a situação, uma vez que, por ser presidente da CML, Santana Lopes não se candidatou às legislativas de 2002
Por fim, e não menos importante, é preciso lembrar que Santana Lopes é digno representande da Extrema Direita que durante o PREC, fez a defesa do antigamente... acredito que esteja mais moderado, mas sei muito bem que, com a sua tendencia populista, Santana irá formar com Paulo Portas um dos governos mais à direita deste país nos últimos 30 anos.

#1
SANTANA:
QUERES ENTRAR PELA CALADA

MAS A PORTA ESTÁ FECHADA
(e a malta não está calada!)

27.6.04

#1

não é segredo nenhum: não sou grande apoiante da seleção e esta onda da bandeirinha e do nacional pagodismo me enjoam um bocado largo. no entanto, esta imagem, respigada no barnabé, acaba por traduzir a dúvida que, no fundo, está por detrás desta minha negação dos futebois: será que há alguma coisa por detrás de tudo isto?
a resposta à minha dúvida virá da reacção do povo à grave situação política que se está a desenhar. do povo da esquerda, e também daquele que acreditou e confiou no cherne, e que vê agora o seu voto a ser posto de lado em nome da manutenção do poder.
hoje acordei com o SMS que convoca a manifestação de repudio pela antidemocrática troca de Durão por Santana (Domingo, 19h, Belém). tratei de a divulgar. lá estarei, ao fim da tarde, pelas eleições antecipadas.

24.6.04

#2
Bandiera Rossa


também o metrografismos põe a sua bandeira à janela

23.6.04

#1
tal como nos anos anteriores, o governo esperou pelo início do verão para anunciar mais uma das suas bombásticas medidas.
enquanto a malta anda distraida com a bola e com o princípio do verão, os gajos põe em marcha um plano para reforma da segurança social que vai desregular todo o sistema, cortando os laços de solidariedade inter-geracional e, pior que isso, vai levar a que os que têm muito deixem de contribuir para as segurança social dos que pouco ou nada podem ter.
tudo isto apresentado no jornal da :2 por um mui cristão bagão félix, com o seu ar beato de quem não vai passar fome... que náusea!

#2

Poooora pá!!! o Combo tá d(r)ead
#2
"(...) todas as fés no mundo se baseiam em invenções. É essa a definição de : aceitação daquilo que imaginamos ser verdade, daquilo que não podemos provar. Todas as religiões descrevem Deus através de metáforas, de alegorias, de exageros, desde os antigos Egípcios até às catequistas dos nossos dias. As metáforas são uma maneira de ajudar as nossas mentes a processar o improcessável. Os problemas surgem quando começamos a acreditar literalmente nas nossas próprias metáforas (...)"
Dan Brown, in o Código Da Vinci

22.6.04

#1

há palavras qeu nos beijam
como se tivessem boca
(...)
palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte
(...)
Alexandre O'Neill
#3
"(...) a história é sempre escrita pelos vencedores. Quando duas culturas se chocam, a que perde é obliterada, e a que venceescreve os livros de história... livros que exaltam a sua própria causa e menosprezam a do inimigo derrotado. COmo Napoleão certa vez disee, " o que é a história senão uma fábula em relação à qual todos estão de acordo?" - sorriu. - Mas, pela sus própria natureza, a história é sempre um relato unilateral."

Dan Brown, in O Código Da Vinci
#2

Berlusconi, esse grande artista

21.6.04

#1

desde que a descobri nas ruas de Sintra, numa noite de verão, que faço a mim mesmo a seguinte pergunta: haverá flor mais charmosa que a magnólia?
até hoje não conheci nenhuma que a batesse na beleza, na suavidade e textura das pétalas, na graciosidade da forma do botão inicial, na maneira protectora como vai desabrochando, na magia das pétalas enrugadas e secas, cor de chá e ainda com vestígios de perfume, que se espalham pelo chão depois da flor cumprir as suas funções de reprodução e de espantar distraídos...
a magnólia, que os botânicos consideram como a mais antiga das flores, é, num poema que ainda não escrevi, a metáfora perfeita para o amor.
#2
reparei agora que há quase uma ano que ando por aqui metrografar.
foi numa noite de pouco sono, após ter "bebido" o segundo concerto em 3 dias da Adriana Calcanhotto, que decidi criar este espaço, transformando-o, a pouco a pouco e sem intenção declarada, num prolongamento dos meus dias.
se, como disse um dia disse a Sónia, com o meu blog "se consegue, ao menos, ir sabendo alguma coisa de ti", esta tem sido também uma forma de, directa ou indirectamente, eu ir descobrindo mais algumas coisas de e em mim.
com este post não estou, de madeira nenhuma, a querer entrar em balanço trágico-melancólicos. no entranto, lembrei-me que seria interessante se @s habitués do metrografismos - @s que conheço e @s ilustres anónim@s -, partilhassem comigo (e com @s outr@s)as impressões que este espaço vos tem suscitado ao longo deste tempo.
mandem-me então, via e-mail, as vossas opiniões. serão postadas no dia 26.
#1
uma breve consulta à edição de 2004 do borda d'água dar-me-ia, com precisão a data do solestício de verão.
não tendo à mão tão sábio almanaque, uso a estratégia de sempre: declaro o dia de hoje, 21 de junho, como O dia do solestício, aquele em que a luz solar é maior, aquele em que começa o verão- mais nada!
é um dia de que gosto muito pois a ideia dos dias longos é algo que me agrada particularmente. é também um dia cheio de memórias que são, como diz a canção, ora amargas ora doces.

19.6.04

#2
DE CORTAR A RESPIRAÇÃO...

Não só a imagem e a cor desta fotografia são de cortar a respiração, mas também a memória do cheiro e do calor de uma tarde de Setembro em Fez.
Situada no centro do país, nas franjas da cordilheira do rift e antes do médio atlas se impôr, Fez foi uma das capitais imperiais de Marrocos, sendo um ponto de confluência de mercadores e viajantes vindos da montanha, do mar e do deserto, ou seja, um ponto de encontro fervilhante, onde o comércio floresceu e ainda hoje se mantem activo.
A cidadela (medina) de Fez é um enorme formigueiro de ruas estreitas e labirinticas, habitado por algumas centenas de milhar de pessoas, onde a cada porta corresponde, seguramente, uma casa comercial. aqui tudo se vende e tudo se compra, desde os tradicionais tapetes marroquis à contrafacção perfeita do sapato desportivo da moda em Paris.
Esta teia de ruas é cruzada por homens, mulheres, crianças e animais. não existindo muitos cães na cidade - os muçulmnanos não são propriamente apreciadores deste demoníaco animal -, podemos encontrar por alí, para lá dos animais que, depois de mortos, servirão de alimento a toda aquela gente, centenas de burros que servem para o transporte de todos os bens que vêm do exterior, das botijas de gás à Coca Cola.
Os burriqueiros são donos e senhores das ruas. avançam com os seus animais carregados e gritam em altos berros: BALAK; BALAK!!, que é como quem diz: saiam da frente!!! e o melhor é mesmo arranjar um recanto onde nos possamos meter.
Para lá dos bens de consumo, os burros transportam também toneladas de peles para os tintureiros. estes lavoram num espaço que, sendo maior do que um campo de futebol, está coberto de pequenos tanques, cada um com espaço para um ou dois homens, onde se procede à curtição e coloração da pele. os tanques destinados a esta última actividade são os que se podem observar nesta fotografia. distinguem-se dos restantes pela coloração das suas águas, que é conseguida com corantes naturais trazidos das montanhas em redor da cidade. depois de lavoradas, as peles são postas a secar nos terraços de toda a medina.
As tinturarias devem constituir um dos poucos espaços amplos dentro da medina, sendo rodeadas por casas de habitação e, claro está, de comércio, cujas varandas são alugadas por curtos periodos de tempo aos curiosos que queiram ter uma vista previligiada sobre o que ali se vai passando.
Os homens que alí trabalham devem, calculo eu, ter uma vida curta: passam os dias sob um sol abrasador, mergulhados em corantes e água suja - apresentando a sua pele originais tonalidades - e sujeitos a um cheiro de cortar a respiração, tão nauseabundo que só um consumo contínuo de haxixe lhes dá uma certa tolerância olfactiva. organizam-se em cooperativas e repartem entre si o dinheiro oferecidos pelos visitantes que se atrevem a descer àquelas profundezas mal cheirosas... são, seguramente, explorados em cada minuto do seu trabalho, mas apresentam-se sempre de coração aberto, com uma gentileza que lhes está escrita no olhar e que eu não sei transcrever.
#1
A terra vista do céu, uma exposição de 120 fotografias aéreas de diversos pontos do mundo. está plantada, até 30 de setembro, no terreiro do paço - ao ar livre.
podem encontrar mais informações sobre este e outros trabalhos do autor aqui.
valeu bem a pena parar por ali umas horas a apreciá-la, a recordar viagens passadas e a alimentar o bicho nómada que me roi... e sempre cantarolando o mote de Caetano:
Terra, terra,
Por mais distante
o errante navegante
Quem jamais te esqueceria


18.6.04

#2

Am i losing my head?
#1
LA FURA volta a at(r)acar

(...)
Hoy, La Fura presenta Naumon: un barco mercante que surcará las aguas del Mediterráneo durante el 2004 y en el que convivirán diferentes contenedores artísticos, educativos y culturales. Naumon es el más audaz proyecto de La Fura dels Baus, que en el 2004 cumple 25 años de historia. Lejos de acomodarse en su trayectoria artística consolidada, los directores de la Fura asumen nuevos retos. Enlazando con sus inicios nómadas siguiendo los pasos que marcaban el carro y la mula, La Fura dels Baus se embarca en un viaje iniciático, en esta ocasión, a bordo del mercante Naumon.
Naumon: un escenario nómada para cruzar la oscuridad y deleitarse en la luz.
Naumon: la travesía de la imaginación el peregrinaje del enigma, el juego de la creación, la música del viento.
Naumon: la búsqueda de los deseos, el goce de las utopías
Naumon: el buque de la memoria, la inmersión en los recuerdos, el aire de los presentimientos.
Naumon: el amor a las formas, la línea del horizonte, la espiral infinita, el vértigo, el círculo dorado, el punto que interroga.
Naumon: el bosque de los mitos y de los dioses.
Naumon: el cuerpo, la sangre, la entraña, el alma, la palabra.
Naumon: la sonrisa del océano, la amistad del mar, la tempestad, la calma.
Naumon: la nave de los locos, la balsa de los demasiado cuerdos, la esperanza de los náufragos.
Naumon: fuego en el agua, remolino, vuelo, danza.
Naumon: el territorio de las preguntas.
Naumon: el barco de los libres.
(...)



17.6.04

#2
uma sesta de 20 minutos depois do almoço deixa-me muito mais fresco. mãos à obra.

16.6.04

#1
lembrei-me deste texto depois de ter lido Il Matto, em 2004)
#3
se há coisa que me chateia, é ter milhares de coisas para fazer e não sentir animo para pegar em qualquer uma delas.
#2

Fui ver, em mais uma reposição do 222, o maravilhoso io non ho paura (não tenho medo).
para lá do envolvimento criado pela história e fotografia do filme - qeu foi rodado em pelicula -, este foi também um reencontro com a lingua italiana e com as imensas paisagens do sul. fica a crítica do publico.

*******

No idílico Verão de 1978, numa pequena aldeia italiana, um rapaz de dez anos, Michele, descobre um outro rapaz, Filippo, que está escondido num buraco, mantido em cativeiro. Os dois tornam-se amigos e Michele acaba por descobrir que os seus próprios pais e os outros adultos da aldeia são responsáveis pelo cativeiro de Filippo. O rapaz vai então aprender, na sua tentativa de libertar Filippo, o que custa a liberdade.
#1
um poema Anónimo, dedicado aos e às abstencionistas

Canção de bater no chão
Nasce o sol trabalhamos.
põe-se o sol descansamos.
Cavamos um poço, para beber,
Lavramos um campo, p'ra comer:
O imperador e o seu poder
- Queremos lá saber!

Séc III AC, China

15.6.04

#1

campanha pós eleitoral
diga ao manel que vale menos que o MRPP (o que é duplamente mau)

14.6.04

#1
a maior derrota eleitoral de sempre da direita portuguesa deixa-me mesmo muito bem disposto.
o cherne e o paulinho das feiras que se cuidem!

13.6.04

#1

" (...)
alguém que acorde este país
que deite fogo aos alibís
(...)"

parece que a seleção grega de futebol deu ouvidos ao apelo do Zé Mário...
será que isto serviu para a malta se aperceber da esparrela em que caiu, ou vai tudo continuar a vendar os olhos com um trapo colorido e a queixar-se da baixa auto estima e do sr. scolari?

10.6.04

#4
essa tanga do dia de camões não me diz nada. é uma tradição que se mantem até aos dias de hoje, tendo sido uma história inventada, alimentada e explorada pelo fascismo para enaltecer um nacionalismo cinzento, um patriotismo serôdio.
não obstante, hoje é um dia como outro qualquer para as palavras do poeta.

Enquanto quis Fortuna que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto do suave pensamento
Me fez com que seus efeitos escrevesse.

Porém, temendo Amor que aviso desse,
Minha escritura a algum juízo isento,
Escureceu-me o engenho co tormento,
Para que seus enganos não dissesse.

Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades! Quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,

Verdades puras são, e não defeitos.
E sabei que, segundo o tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.

Luís de Camões

9.6.04

#3
um dia surreal...
5 horas de sono mal dormido; o fim inesperado da campanha eleitoral; um calor de rachar; um taxista racista; uma escalada da calçada de S. Domingos um tanto ou quanto conturbada; alguns minutos do rodopio da urgência hospitalar (senti-me um agarrado na fila da metadona...); umas cerejas com um JP Simões sóbrio (??!!) que, com a voz grave de sempre, perorava acerca da revolução e da necessidade imperativa de um regresso ao essencial; a memória de Mario Viegas; o rossio coberto de relva sintética...
será que aconteceu mesmo, ou terei sonhado com tudo isto?
#2
não resisti à urgência de postar este genial cartoon do il manifesto de dia 8.
#1
a vida é um contínuo de ironias.

8.6.04

#2
O OBSCURANTISMO CONTINUA...
o Bloco denunciou, no barnabé o debate foi aceso.
depois de toda a polémica, este excremento, obviamente patrocinado pela direita mais reacionária e radical, continua a ser divulgado junto da população. para lá do exacrável conteúdo do dito panfleto (podem ver o resto nos aquivos do barnabé), este patrocinio torna-se mais obvio por ser notório que, por detrás desta campanha, aqui há muito dinheiro: o folheto foi distribuido, por exemplo, em todas as caixas de correio de alguns bairros periféricos da grande Lisboa - mesmo nas caixas que correspondem a casas vazias, que se identificam por estarem atafulhadas de papel, sinal inequivoco de que a distribuição é feita por equipas pagas.
FORKA PORTUGAL!
#1
tal como aconteceu com os seus restantes discos, bastou-me a audição de alguns acordes do primeiro tema para me apaixonar pelo mais recente trabalho de PJ Harvey.
é um disco muito coeso, mais complexo e dificil de assimilar do que aquilo que aparenta à primeira audição. ando pois a digeri-lo.
para já, as unicas coisas que me desagradam são o nome, que não tem nada a ver com nada, e a foto da capa do disco - a bela e fotogénica poly jean ficou completamente desfigurada neste instantâneo.

7.6.04

#1
durão burloso disse, sobre a morte de Reagan, que todos os portugueses lhe têm uma divida de gratidão.
eu nego. a esse pistoleiro de série b, imitação mal conseguida de pato donald, não devo qualquer bom sentimento. são homens como este que tornam, a cada dia que passa, mais irrespirável o ar, que fazem deste mundo um lugar pior para nós e para @s vindour@s.

4.6.04

#2

TIANANMEN, 4 de Junho de 1989


Faz hoje 15 anos que assistimos estupefactos, pela TV, à brutalidade com que o Governo Chinês reprimiu milhões de pessoas que se concentravam na mais famosa praça de Beijing, exigindo, acima de tudo, liberdade.
A Revolução Socialista na China acabou cedo, pouco depois da longa marcha conduzida por mao. a pouco e pouco, recorrendo à repressão constante do povo, o vermelho da bandeira da grande China socialista transformou-se no sangue que as oligarquias corruptas e neo capitalistas asiáticas não se coibem de derramar em proveito próprio e em nome de um sonho que, todos os dias, vão enterrando mais um pouco.
1989 Foi o ano da grande viragem. vimos (e não esquecemos!)Tianamen e a queda do muro, dois momentos que simbolizaram o ruir de um sistema que se apresetava como perfeito, e a vitória de outro sistema que nunca o foi - já se sabia na altura e a história confirma-o todos os dias.
coisas que não têm emenda. o capitalismo é uma delas. o "socialismo", que dominou meio mundo durante boa parte do século XX, também não tinha. caiu de podre, abrindo espaço a uma crise na esquerda que começara com a chegada de Estaline ao poder e se tornara crescente desde a invasão da Hungria pelo exercito vermelho, nos fins da década de 50.
Mas as ideias de justiça, igualdade e liberdade que alimentam, desde sempre a luta de muitos homens e mulheres, permanecem, cada vez mais, actuais. na ressaca desta derrota anunciada, outras formas de ver o mundo ganharam espaço para crescer, ganhar corpo e florir, a luta contra o capitalismo selvagem pintou-se de outras cores. a mobilização mundial contra a guerra do Iraque, a luta dos indigenas de Chiapas, a luta d@s galeg@s contra o fuel do prestige, o crescente movimento dos forúns sociais que se alarga a todo o mundo ou as manifestações de hoje em Roma contra a visita de Bush são momentos visiveis e cruciais da luta emancipadora da humanidade a que alguns ousam chamar socialismo. e este socialismo, que não é uma meta a atingir mas sim uma construção forjada da luta e da partilha de todos os dias, só o poderá ser se mantiver este caracter de liberdade e permanente mudança.
Embora tenham outros contornos, os motivos que abriram espaço para a luta dos trabalhadores de chicago, à revolução de 1917, à grande marcha, ao maio de 68, ou da revoluçõa de Abril continuam a existir. uma pequena parte da humanidade continua a explorar a grande maioria, a servir-se dela em proveito próprio, explorando recursos de forma insane e desperdiçando "execedentes" enquanto a fome cresce. o desemprego e a precaridade no nosso país, as somas astronómicas de publicidade que a nike paga a tiger woods em contraste com a miséria qeu paga aos seus operários da tailandia, ou a dependencia do petroleo que o mercado insiste em amplair são alguns exemplos.
a democracia é uma farsa. exemplos são muitos, basta olhar para as mentiras de Aznar bush, blair e desse insignificante cherne. os homens e as mulheres que detinham o poder continuam a te-lo e a usá-lo como bem lhes apraz. Levantados do Chão, de saramago ilustra-o de forma exemplar.
Hoje, 15 anos mais tarde, é essencial lembrar para não esquecer, porque o que interessa no que foi é o que vai ser.

3.6.04

#1
buioso silenzio
dove mi mancano
le parole
#2

those lemon days make me feel like slippin' under

#1
estes dias que começam muito cedo e acabam (muito tarde) deixam-me a cabeça a mil, por mais que o corpo só queira cama. entre várias associações de ideias e jogos mentais lembrei-me do quão bom seria uivar à lua cheia que por aí anda.

2.6.04

#2
os meus anseios sintetizados em poucas palavras

original achado n'o quarto do pulha
quando sai a versão de 8x3m?
#1

a não perder: Lost in Supermarket, um original dos Clash, recriado por Emir kusturica e a sua No Smoking Band.

1.6.04

#1

hotel de Seteais, Sintra
a manhã estava fresca e coberta pela tipica neblina de sintra. chegamos cedo e todo aquele relvado me encheu as medidas. o primeiro impulso foi desatar a correr e só parar no fim, perto das roseiras que o delimitam junto ao hotel. o verde a passar-me debaixo dos pés, o espaço a abrir-se à minha frente e o sol a abrir o dia, as árvores enormes e agitadas pela brisa. A manhã foi passada em corridas, atrás d@s outr@s e de uma qualquer bola.
haverá sensação mais parecida com a felicidade do que esta?
na hora do almoço o farnel, até aí muito bem guardado no cesto de vime rectangular que me aconpanhava diariamente. não havia colher para a gelatina!
durante a tarde, já com calor, um casamento lá ao fundo. as pernas já não chegavam para outra corrida, antes do regresso a casa.
foi há vinte anos (!!??). é a primeira de muitas (e variadas) recordações que tenho deste lugar que faz parte da minha vida.
fiquei com todo o filme desta excursão escolar gravado na memória e, quando penso em liberdade, ainda hoje me imagino a correr por aquele relvado fora.

#1
postar ou não postar?
eis uma questão interessante, mas é já tão tarde e estou tão cansado que não vou perder tempo a pensar nela.