29.12.03

#2

fui ver playtime - vida moderna.
é um filme de 67, dirigido por jacques tati - que também nos aparece no papel de sr. hulot, a personagem principal -, tendo sido, em homenagem ao seu autor, recentemente remasterizado e lançado no mercado do dvd e nas salas - não há nada como uma tela branca do tamanho de uma parede.
o meu sentimento sobre o filme é contraditório: a meio da exibição estava com vontade de me ir embora, mas, a partir de certa altura, comecei a gostar, e gostei tanto que o que ficara para trás passou a fazer sentido. penso que, pela primeira vez, me senti um bocadinho cinéfilo. sim, porque gostar de cinema e ir muito ao cinema não é bem o mesmo que ser um verdadeiro cinéfilo.
o único defeito que encontro é o facto de a legendagem ser muito má. apesar de existir uma intenção de jogar com rumores e diálogos que não são claros, existem comentários das personagens que, ao serem tratados como rumores, acabam por tornar mais ténue o fio condutor de toda a história.
fica a sinopse que o público apresenta na sua página electrónica.


Na era das "Economic Air Lines", umas turistas americanas efectuam uma viagem organizada. O programa é composto pela visita de uma capital por dia. Quando chegam a Paris, apercebem-se que o aeroporto é exactamente igual àquele de onde partiram de Roma, que as ruas são como as de Hamburgo e que os candeeiros de rua se parecem estranhamente aos de Nova Iorque.
Ao longo das 24 horas que dura a sua escala em Paris, as turistas conhecem alguns franceses - entre os quais o Sr. Hulot (Jacques Tati) - com quem estabelecem uma relação mais pessoal.
"Playtime", um ensaio sobre a vida moderna que ainda hoje continua extremamente actual, é a obra mais visionária e ambiciosa de Tati, o cineasta imortalizado pelo Sr. Hulot. Por ocasião dos 20 anos da sua morte, o Festival de Cannes prestou-lhe homenagem exibindo uma cópia cuidadosamente restaurada deste filme. A Atalanta Filmes associa-se à homenagem exibindo essa mesma cópia