“Tentei dissuadir o senhor Ulme de falar com a Beatriz
daquela maneira cínica que ele usa para descrever o mundo há sua volta.
- O cavalheiro não aprecia a verdade?
- O senhor não é dono da verdade.
- Felizmente que não. Ainda bem que não sou dono da verdade,
que não tenho tempo de lhe dar comida e levá-la a passear no jardim e
apanhar-lhe o cocó com um saco de plástico.
- A Beatriz é uma criança e o senhor vai acabar por
magoá-la.
- Como o cavalheiro fez com ela?
- Eu não…”
Afonso Cruz, in
Flores