8.12.12

#1 [esta luz que agora sinto...]


Foi no primeiro outono, o tempo de ocupar e conhecer a casa. Aquela entardecer que promete cair mas ainda dura, oblíquo sobre um livro, sobre um jornal. Uma tonalidade de conforto.
Lembro-me bem, como se fosse hoje, da descoberta e da construção de um espaço, de saborear algo que, sei hoje, tinha uma centelha de plenitude. De pensar para comigo: esta luz que agora sinto, oblíqua de esperança, também sou eu.
Entre a efemeridade desse calor pastel e pó acumulado nas estantes, está todo um universo que ora é finito ora se apresenta em expansão, sem limites ou intenção de acabar.