Um reformado grego, de 77 anos, suicidou-se esta quarta-feira frente ao Parlamento do país devido às dificuldades económicas que atravessava, segundo vários testemunhos citados pelos meios de comunicação locais.
Fontes da polícia confirmaram que o homem era grego, mas negaram-se a comentar um possível motivo do suicídio.
O homem chegou ao local de metro, dirigiu-se até uma árvore situada no meio da esplanada e deu um tiro na cabeça, segundo as testemunhas citadas pela imprensa.
Uma funcionária de limpeza da câmara declarou que antes de suicidar-se o homem gritou que «não queria deixar dívidas para os seus filhos», segundo um vídeo divulgado pelo canal informativo Zougla.
Segundo o site Newsit, o suicida era um farmacêutico aposentado, casado e com uma filha, e encontrava-se «afogado» em dívidas.
Um vizinho descreveu-o como «um homem tranquilo» de quem não se esperava semelhante atitude.
As pensões de reforma foram cortadas em cerca de 15% desde o início das medidas de austeridade do governo em 2010.
Os suicídios aumentaram nos últimos três anos na Grécia e os especialistas acreditam que trata-se de uma consequência da grave crise económica.
Entre os anos de 2000 e 2008 houve uma média anual de 366 suicídios, uma das taxas mais baixas da Europa, segundo os dados da Autoridade Grega de Estatísticas.
Em 2009, 2010 e 2011 os números de suicídios aumentaram de forma notável, para situar-se, respectivamente, em 507, 622, e 598 até ao dia 10 de Dezembro de 2011, segundo um relatório da polícia grega entregue ao Parlamento.
Estes números representam um aumento anual de entre 38% e 69% em relação à média registada nos anos anteriores.
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Eis a nota de Suicídio que deixou:
"The Tsolakoglou* occupation government literally nullified my ability to survive with a decent pension, which I had to pay (without government aid) for 35 years.
Since I am of an age that prevents me from giving a substantial response (without of course ruling out the possibility of following a kalashnikov-wielding Greek), I cannot find any choice other than a dignified end, before I would have to resort to rooting through the garbage for my nutritional needs.
I believe that the youth without a future will one day take up arms and hang the national traitors upside down at the syntagma square, as the Italians did in 1945 with Mussolini (Piazzale Loreto of Milan)
Dimitris Christoulas "
