7.9.07

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[mais vale rico e com saúde...]

do que pobre e doente...

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Ricos vivem em média mais 30 anos do que os pobres
07.09.2007, www.publico.pt

A diferença da esperança média de vida entre os países mais pobres e os países mais ricos ultrapassa os 30 anos. Segundo uma versão provisória do relatório da Comissão Global sobre os Determinantes Socais da Saúde (CGDSS), da Organização Mundial de Saúde, o fosso não resulta apenas da probreza e da falta de condições adjacentes mas é também determinado pela hierarquia social.

O relatório provisório foi publicado pela revista científica "The Lancet" e a versão final deverá sair em Maio de 2007.

Segundo o documento, a esperança média de vida nos países mais ricos entre 2000 e 2005 cresceu sete anos em relação a igual período na década de 70 (78,8 anos), enquanto que nos países mais pobres só aumentou quatro meses (46,1 anos).

Mas a desigualdade não se verifica apenas entre países mas também dentro das hierarquias sociais nacionais. "Quando se pensa nas pessoas dos países subdesenvolvidos há a tendência para pensar em pobreza, falta de habitação e de saneamento e uma maior exposição a doenças infecciosas", disse ao "The Independent" Michael Marmont, director da CGDSS. "Mas há outra questão — o factor social —, a que chamei 'síndrome do estatuto'".

A teoria do "síndrome do estatuto" foi criada na década de 80, quando Marmont demonstrou que o risco de morte entre indivíduos dos quadros inferiores de uma profissão era quatro vezes maior do que entre os profissionais de topo. Segundo o relatório, os indivíduos mais pobres de Glasgow, na Escócia, têm uma esperança média de vida na casa dos 54 anos, o que é um índice menor do que o registado na Índia.

"Se as pessoas aumentarem o seu estatuto e tiverem maior controlo sobre as suas vidas vão melhorar as condições de saúde porque ficam menos vulneráveis à economia e às ameaças ambientais", disse o especialista ao "The Independent". "Soluções técnicas e médicas como melhores cuidados de saúde são sem dúvida necessárias. Mas são insuficientes", afirmou.