26.2.07
23.2.07
A canção é, como assinala José Barata Moura, em “Estética da Canção Política”, o reflexo de condições materiais determinadas, como aliás os outros produtos culturais. Nessa medida, o canto novo de Zeca Afonso será a expressão viva de uma necessidade de mudança sentida colectivamente, e que se concretizará, funcionando as suas canções como o ponto de ruptura com tudo o que sendo objectivamente passadista e alienante, contribuía para a manutenção de estado de coisas que só poucos (por conveniência de classe) podiam ainda suportar.
(…)
José Jorge Letria
in A Canção Política em Portugal, pp. 33
Acordei com a música do velho Philips.
Não havia escola nessa manhã.
O dia estava nublado, mas a janela do quarto que dá para o jardim estava aberta para arejar os lençóis da cama. Ainda assim é.
Estava mais gente em casa àquela hora do que de costume. Agitações matinais de uma família grande em debandada.
A casa esvaziou-se. Mergulhei no seu reino de silêncios.
Na agenda da Unicef, que repousava em cima da mesa-de-cabeceira do quarto que dá para o jardim, escrevi, para a posteridade e com letra torta, a frase com que a minha irmã me despertara: Morreu o Zé Cáfonso.
22.2.07
20.2.07
18.2.07
O programa "Os Cantos da Casa" surgiu na Rádio Nova, no Porto, desde a abertura daquela estação, em 1989 e ali se manteve até 1992. Ainda neste mesmo ano, prosseguiu uma efémera existência na Rádio Press, também do Porto. Trata-se de um programa de (e sobre) música portuguesa, nas vertentes da sua divulgação e da sua crítica, partindo do pressuposto de que existe, em todos os géneros, música portuguesa de qualidade. E mesmo em quantidade mais do que suficiente para preencher a maior parte do tempo das emissões de rádio nacionais.O projecto que enforma "Os Cantos da Casa" foi para o ar pela primeira vez em 1987,na Rádio Cultural de Ermesinde, com o título "Viagens na minha Terra". Daí transitou para o Rádio Clube do Porto (dirigido por Rui Lima Jorge, recentemente desaparecido), mudando de nome para " O nosso Canto".Após catorze anos de letargia, "Os Cantos da Casa" habitam, a partir de agora, o Esquerda.Rádio.
Um programa de Octávio Fonseca e Pedro Ramajal
I've found a way to make you
I've found a way
A way to make you smile
I read bad poetry
Into your machine
I save your messages
Just to hear your voice
You always listen carefully
To awkward rhymes
You always say your name,
Like I wouldn't know it's you,
At your most beautiful
At my most beautiful
I count your eyelashes, secretly
With every one, whisper I love you
I let you sleep
I know you're closed eye watching me,
Listening
I thought I saw a smile
REM, UP
17.2.07
15.2.07
[no devido lugar]
Salazar ganhou, justamente, o prémio do Pior Português de Sempre, atribuido pelo Inimigo Público e pelo Eixo do mal.
o resto é ruído.
14.2.07
3 dias depois da mudança, algumas notas sobre o novo público.
Gosto do novo arranjo gráfico e, sobretudo, do tipo de letra com que é escrito (a anterior causava-me vertigem).
Faz falta o velho logo desenhado por Henrique Caiate. Assumo o meu conservadorismo estético nesta matéria. o P só tem a vantagem de ser vermelho, embora o jornal se mostre cada vez menos canhoto.
A organização do Jornal torna-o mais apetecivel, no entanto o Bartoon e o Calvin estão mal arrumados na P2, uma vez que são elementos fundamentais do jornal. Por outro lado, a publicidade no caderno principal é um estorvo.
Gosto da ideia da opinião estar nas últimas páginas, para quem lê o jornal ao contrário (uma vez li que é uma herança da cultura muçulmana). Parece-me que o painel de cronistas é menos plural, apesar do Rui Tavares etr direito a duas crónicas semanais.
Gosto da ideia da fotografia a cores, mas penso que o preto e branco, enquanto forma de transmissão de mensagem e de arte, deveria ter espaço no jornal.
Sobre a linha editorial e a P2 não me vou pronunciar ainda.