Diarios da bosnia
ao fim de dez dias de estrada, entramos finalmente em territorio da Bosnia Herzgovina. Depois de Dubrovnik, exemplarmente reconstruida e cartao de visita da costa Balcanica, a realidade.
ao longo das estradas algumas casas em ruinas sao, a par dos cemiterios, monumentos a memoria do que aqui se passou.
Mostar esta a renovar-se lentamente. As ruas estao cheias de gente, os cafes e os bares abundam, os cybers estao em todo o lado. Os prečos nao sao proibitivos, condizem com o nivel de vida. Entrar na cidade ao cair da noite gela a boa disposičao de qualquer optimista: cemiterios, edificios cravejados de balas e estilhačos, quarteiroes em ruinas... depois do ambiente asseptico de Dubrovnick, que apagou os sinais da guerra, deixando apenas vestigios que a propaganda do regime croata explora o mais que pode, a cruza dos factos: esta guerra, estupida como todas as guerras, deixou marcas que ainda estao bem presentes no quotidiano desta gente. E se ha as marcas que se podem ver, ha tambem aquelas que se podem pressentir.
Mostar significa Guarda da Ponte. A ponte velha, que os Croatas diligentemente bombardearam na tentativa de vergar a resistencia dos Mučulmanos, foi reconstruida e une as duas margens do rio, an tentaiva de reconciliar duas comunidades desavindas. Vejamos o que o futuro lhes reserva.