28.12.05
21.12.05
#2
[Evangelho Boliviano]
(...)
Muito anos depois, já o foco libertador há muito se extinguira e fora enclausurado num mausoleu, O Socialismo, com toda a sua força criadora e regeneradora, retirou uma costela do seu semelhante, moldou-a e criou-a à imagem da América do Sul. Deu-lhe vida e chamou-lhe Evo (Morales).
Destinou-o a morder sempre o pecado, que não tem forma de maçã mas sim a das canelas de todos os filhos da puta que atentam contra a dignidade d@s pobres.
(...)
[Evangelho Boliviano]
(...)
Muito anos depois, já o foco libertador há muito se extinguira e fora enclausurado num mausoleu, O Socialismo, com toda a sua força criadora e regeneradora, retirou uma costela do seu semelhante, moldou-a e criou-a à imagem da América do Sul. Deu-lhe vida e chamou-lhe Evo (Morales).
Destinou-o a morder sempre o pecado, que não tem forma de maçã mas sim a das canelas de todos os filhos da puta que atentam contra a dignidade d@s pobres.
(...)
16.12.05
#2
[espírito de Guimarães]
Botelho Ribeiro, um candidato a candidato presidencial, pretende, entre outras coisas duvidosas, restaurar o espírito de Guimarães.
Calculo que , antes de sair de casa para vir a lisboa entregar as assinaturas no Tribunal Constitucional, o aspirante a chefe de estado, em nome da tradição, tenha dado uns valentes tabefes na senhora sua mãe...
[espírito de Guimarães]
Botelho Ribeiro, um candidato a candidato presidencial, pretende, entre outras coisas duvidosas, restaurar o espírito de Guimarães.
Calculo que , antes de sair de casa para vir a lisboa entregar as assinaturas no Tribunal Constitucional, o aspirante a chefe de estado, em nome da tradição, tenha dado uns valentes tabefes na senhora sua mãe...
#1
[orgias???]
Para não ser traido pelos seus preconceitos, Jerónimo de Sousa defendeu ontem, no debate com Louçã, um maior envolvimento da sociedade antes de se avançar para uma legalização do casamento entre homossexuais.
Ficou por saber como é que o camarada quer corporizar esta necessidade de debate.
[orgias???]
Para não ser traido pelos seus preconceitos, Jerónimo de Sousa defendeu ontem, no debate com Louçã, um maior envolvimento da sociedade antes de se avançar para uma legalização do casamento entre homossexuais.
Ficou por saber como é que o camarada quer corporizar esta necessidade de debate.
14.12.05
#1
[para mais tarde recordar...]
Marcado para morrer
Nuno Pacheco
in Público, 14 de Dezembro de 2005
A execução de Stanley Williams na Califórnia prova, mais uma vez, que o sistema baseado na pena de morte é não apenas injusto como repelente
Soube-se logo de manhã: executaram Stanley Williams. Como n" A Colónia Penal de Kafka, alguém quis provar que a máquina funciona, na sua fria implacabilidade. Sem atentar nos pormenores sórdidos da execução, estava em causa não apenas uma vida (o que é essencial para quem se opõe, em qualquer caso, à pena de morte) mas também uma lógica. Que homem morreu, na madrugada de ontem? O violento Stanley que aos 17 anos criou um temível gang de marginais em Los Angeles, os Crips? O condenado à pena máxima em 1981, acusado de ter morto a tiro quatro pessoas? O militante pacifista que em 1996 denunciou, em vários livros dirigidos aos estudantes do básico, a violência dos gangs quer outrora ajudou a criar? O autor do livro Life In Prison? O promotor do projecto "para a paz nas ruas", lançado na Internet com jovens de diferentes países? O homem nomeado várias vezes para o Nobel da Paz e pelo menos uma para o Nobel da Literatura? O laureado pelo Presidente dos Estados Unidos pela sua acção cívica?
Quantos homens habitam um homem? Quantos por ele passam, tornando-o diferente, outro, ainda que sob a mesma identidade? Quem dirige, hoje, os destinos da América? O alcoólico displicente dos anos 70? Ou o republicano liberal e religioso dos anos 90? E quem se senta na cadeira da presidência da Comissão Europeia? O maoísta convicto dos anos 70? Ou o social-democrata dos anos 90? O que pesa mais na vida de um homem que ascende a cargos vitais para o seu país ou para o mundo? O seu passado? Ou o seu presente? Nos casos, citados, de Bush Jr. e Durão Barroso, ninguém duvidará: o seu presente. No caso de Stanley, sucedeu o inverso: apesar do caminho percorrido, apesar de uma absoluta (e reconhecida, até pelo Presidente dos EUA) mudança na sua vida e personalidade, o que pesou foi apenas o passado. E por isso o mataram. Dir-se-á: uma coisa são devaneios ou erros de percurso, outra são crimes. Sem dúvida. Mas Stanley terá sido, de facto, o autor material das quatro mortes contabilizadas nos anos 70? As provas, como alertou por diversas vezes a insuspeita Amnistia Internacional, foram produzidas com base "em testemunhos de criminosos que estavam presos ou no corredor da morte pelos mais variados crimes e que beneficiaram de reduções de pena ou foram libertados em troca de testemunhos". Na sordidez de San Quentin, a vida é apenas um negócio passageiro. Não, A Colónia Penal de Kafka não está assim tão longe da Califórnia. Porque a morte, ou melhor, o abate impiedoso de Stanley Williams serviu apenas para provar que a máquina funciona e é cega para sobreviver. Assim como sobreviveram os que, à custa da morte de Stanley, salvaram a própria pele. O mais absurdo, ainda, é o facto de um homem passar 24 anos atrás das grades, ser modificado por elas, alterar por completo o seu comportamento e atitude perante o mundo e, no preciso momento em que é louvado e aplaudido, tirarem-lhe a vida por um crime supostamente praticado há quase três décadas. Kafka? Não só: a execução de Stanley prova, mais uma vez, que o sistema baseado na pena de morte é não apenas injusto como repelente. Porque conseguiu o prodígio de poupar um criminoso e, muitos anos depois, matar o homem decente que nele nascera. Para ser abatido em seu lugar.
[para mais tarde recordar...]
Marcado para morrer
Nuno Pacheco
in Público, 14 de Dezembro de 2005
A execução de Stanley Williams na Califórnia prova, mais uma vez, que o sistema baseado na pena de morte é não apenas injusto como repelente
Soube-se logo de manhã: executaram Stanley Williams. Como n" A Colónia Penal de Kafka, alguém quis provar que a máquina funciona, na sua fria implacabilidade. Sem atentar nos pormenores sórdidos da execução, estava em causa não apenas uma vida (o que é essencial para quem se opõe, em qualquer caso, à pena de morte) mas também uma lógica. Que homem morreu, na madrugada de ontem? O violento Stanley que aos 17 anos criou um temível gang de marginais em Los Angeles, os Crips? O condenado à pena máxima em 1981, acusado de ter morto a tiro quatro pessoas? O militante pacifista que em 1996 denunciou, em vários livros dirigidos aos estudantes do básico, a violência dos gangs quer outrora ajudou a criar? O autor do livro Life In Prison? O promotor do projecto "para a paz nas ruas", lançado na Internet com jovens de diferentes países? O homem nomeado várias vezes para o Nobel da Paz e pelo menos uma para o Nobel da Literatura? O laureado pelo Presidente dos Estados Unidos pela sua acção cívica?
Quantos homens habitam um homem? Quantos por ele passam, tornando-o diferente, outro, ainda que sob a mesma identidade? Quem dirige, hoje, os destinos da América? O alcoólico displicente dos anos 70? Ou o republicano liberal e religioso dos anos 90? E quem se senta na cadeira da presidência da Comissão Europeia? O maoísta convicto dos anos 70? Ou o social-democrata dos anos 90? O que pesa mais na vida de um homem que ascende a cargos vitais para o seu país ou para o mundo? O seu passado? Ou o seu presente? Nos casos, citados, de Bush Jr. e Durão Barroso, ninguém duvidará: o seu presente. No caso de Stanley, sucedeu o inverso: apesar do caminho percorrido, apesar de uma absoluta (e reconhecida, até pelo Presidente dos EUA) mudança na sua vida e personalidade, o que pesou foi apenas o passado. E por isso o mataram. Dir-se-á: uma coisa são devaneios ou erros de percurso, outra são crimes. Sem dúvida. Mas Stanley terá sido, de facto, o autor material das quatro mortes contabilizadas nos anos 70? As provas, como alertou por diversas vezes a insuspeita Amnistia Internacional, foram produzidas com base "em testemunhos de criminosos que estavam presos ou no corredor da morte pelos mais variados crimes e que beneficiaram de reduções de pena ou foram libertados em troca de testemunhos". Na sordidez de San Quentin, a vida é apenas um negócio passageiro. Não, A Colónia Penal de Kafka não está assim tão longe da Califórnia. Porque a morte, ou melhor, o abate impiedoso de Stanley Williams serviu apenas para provar que a máquina funciona e é cega para sobreviver. Assim como sobreviveram os que, à custa da morte de Stanley, salvaram a própria pele. O mais absurdo, ainda, é o facto de um homem passar 24 anos atrás das grades, ser modificado por elas, alterar por completo o seu comportamento e atitude perante o mundo e, no preciso momento em que é louvado e aplaudido, tirarem-lhe a vida por um crime supostamente praticado há quase três décadas. Kafka? Não só: a execução de Stanley prova, mais uma vez, que o sistema baseado na pena de morte é não apenas injusto como repelente. Porque conseguiu o prodígio de poupar um criminoso e, muitos anos depois, matar o homem decente que nele nascera. Para ser abatido em seu lugar.
13.12.05
#1
[progressistas ma non tropo]
Segundo notícia do público de hoje, entre os correlegionários de Tomás Hirch, o candidato mais à esquerda nas presidenciais do Chile de domingo passado, há quem entenda que o país ainda não está pronto para ter uma mulher a liderá-lo...
Talvez por isso, até agora ainda não decidiram apoiar a Socialista Michelle Bachelet na segunda volta, deixando-a mais vulnerável a ser derrotada pelas direitas - a democrática e a saudosista de Pinochet - que, entretanto, já se uniram.
[progressistas ma non tropo]
Segundo notícia do público de hoje, entre os correlegionários de Tomás Hirch, o candidato mais à esquerda nas presidenciais do Chile de domingo passado, há quem entenda que o país ainda não está pronto para ter uma mulher a liderá-lo...
Talvez por isso, até agora ainda não decidiram apoiar a Socialista Michelle Bachelet na segunda volta, deixando-a mais vulnerável a ser derrotada pelas direitas - a democrática e a saudosista de Pinochet - que, entretanto, já se uniram.
9.12.05
6.12.05
5.12.05
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