22.9.05

#1
[descomprimir]

hoje tinha uma lista de tarefas. prioridades urgentes que necessitavam de resposta. tudo anotado numa folha.
o telefone começou a tocar cedo, mau sinal.
apareceu uma tarefa de ultima hora que se adiantou às prioridades definidas. E depois outra e mais outra.
comboios daqui para ali, entregas e procuras. matemáticas bicudas e gestão romboédrica das semsibilidades. e o telefone sempre a tocar.
mais coisas para fazer. a adrenalina a voar nas veias. o ruido maquinal da cidade a atravessar-me os olhos.
às 18h ligo o computador. começo a pensar na tão distante lista de prioridadesurgentes ainda por responder. o corpo começa a ceder, o silêncio assalta-me.
onde estou? o que andei a fazer este tempo todo longe de mim? que sentimento é este que tão depressa é de confiança e plenitude como de impotência e angustia? que respostas procuro e que perguntas tenho para fazer?
apercebo-me do silêncio e que o verão acabou enquanto eu corria. não sei quem correu mais nestes três meses, se o verão se eu. ainda o ouço morrer ao longe, lá para os lados do tejo.