28.3.05

#2
[o presente]

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
morre lentamente quem destroi o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar,
morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.
morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante...
morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre
que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.

Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade "
Pablo Neruda


ouvi dizer que estás triste...
não podes estar, há muito mais entre o ceu e a terrra do que imaginamos e há pessoas que nos estão sempre a fazer lembrar isso.
gosto muito de ti, a tua amizade fez muito desta pessoa que sou hoje.por isso o teu peito apertado dá um nó estrangulado no meu.
lê o texto com toda a seriedade que merece e que mereces, estarei cá no entanto para apanhar tudo o que se partir e acompanhar tudo o que se despoletar.
mil beijos

XXX