#4
do verdadeiro referendo sobre a IVG, aquele que um grupo de cidadãos e cidadãs - personalidades, sindicalistas, membros do movimento católico nos somos igreja, membros do BE, do PS e dos Renovadores Comunistas, activistas dos direitos dsas mulheres e das minorias -, quer pedir ao parlamento, digo que estou directamente envolvido no processo.
A ideia do referendo não será a que agrada a tod@s. há quem defenda que o direito de escolha e o direito à dignidade não se referenda e, por isso mesmo, não se deve entrar num novo processo. estou de acordo com a questão da legitimidade de referendar direitos, mas, face ao referendo de 98, penso não existir outra maneira de calar a direita e a padralhada ultraconservadoras que se julgam no direito decidir pel@s outr@s.
a recolha de assinaturas está a trazer a discussão para a rua, está a mexer com as pessoas, a confrontá-las... e há quem se sinta incomodad@ que isto esteja a acontecer, mesmo pessoas que acham que a lei tem de mudar.
Na rua existem @s que assinam sem muitas perguntas, @s que perguntam porque querem assinar, @s que não assinam determinadamente, @s que não querem assinar por juizo ético-moral e, diante de factos, acabam por dar razão e autografo. há ainda muita gente que se esconde atrás de uma neutralidade, de uma imparcialidade. num não ter opinião. a meu ver, isto é entregar o ouro ao bandido. foi pelos mesmos argumentos que muita gente ficou em casa em 98, foi esta a semente de apatia que se plantou no espírito de muita gente. quando não queremos ter opinião, ser neutrais, não nos preocuparmos em pensar e em confrontarmo-nos com nosco e com que nos rodeiam, acabamos, sem saber, por estar a tomar posição de algum lado.
lá diz a cançaõ de pedro abrunhosa que o conformismo
é sempre o poder de alguém.