# 2
o sul é um mundo à parte. se ja desconfiava disto, depois de ter saido da estaçao de Napoles tive a certeza absoluta... durante duas horas andei por uma cidade vazia, um vazio domingueiro que, de um momento para o outro, se converteu numa feira de rua, numa festa, num espiral de cor... até uma banda de jazz encontrei.
esperava uma cidade mais pequena, encontro um colosso que junta estilos diversos de arquitectura, desde o colonialismo espanhol do tempo de carlos II até à art noveau, passando pelo puro pato bravismo, numa mistura incrivel, cheia de vida, de transacçao, de ruido... aqui encontrei coisas que me fizeram lembrar fez, essauira, lisboa (sobretudo pela luz), o porto... tudo isto me alegra, me baralha, me disperta os sentidos... em italia usa-se uma expressao que podemos aplicar na perfeiçao a napoles: um verdadeiro casino!
depressa compreendi onde queria chegar uma moça de salermo quando me dizia que " florença nao é bem uma cidade, é mais um parque de diversoes".
ca para mim, prefiro uma comparaçao mais vegetal florença é um jardim cuidado, napoles é uma selva luxuriante.