a cidade acordou batida por um vento norte que, alem de levantar as folhas secas, traz o frio dos Alpes (que ficam noroeste- norte) e dos Dolomiti (a nordeste).
o vento manteve-se pelo dia, levando a que as pessoas se tivessem mantido com os casacos fechados e a face franzida... talvez para assusta-lo.
andei pelas ruas do sul, na zona de transiçao para o campo, onde as estradas sao estreitas, as arvores desinibidas e as cores mais atrevidas. desci pelo ventre da tarde, deixando-me espantar pelas pinceladas que o sol da na cupula do duomo ou na estrutura de metal que, por motivos de restauraçao, envolve a torre do palazio vechio.
entrando de novo no casario, o sol passa a ser uma memoria remota, la longe, no cimo dos telhados. as pessoass apressam-se, os bares começam a lançar o seu charme sobre quem passa, convidando ao prazer do calor e da comida. os batentes das janelas deixam escapar um pouco do que nao sabermos estar do outro lado, agitam-se as bandeiras da paz que a maioria das varandas orgulhosamente ostentam.
os cantos e os recantos adensam-se de mistério. a calma começa, lentamente, a poisar.